quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ilê Axé Omo Ibilê: Saudades de Pai Zezinho da Boa Viagem.

Ilê Axé Omo Ibilê: Saudades de Pai Zezinho da Boa Viagem.: "O Djeje do Rio de Janeiro na madrugada do dia 21 perdeu mais um ilustre Baluarte deste Grande Asé, Foi sepultado hoje 22/03/2011 no cemi..."

Saudades de Pai Zezinho da Boa Viagem.



O Djeje do Rio de Janeiro na madrugada do dia 21 perdeu mais um ilustre Baluarte deste Grande Asé,
Foi sepultado hoje 22/03/2011 no cemiterio Jardim da Saudade no Bairro de Mesquita RJ o Corpo de Pai Zezinho da Boa Viajem !!!!!
Seu Zezinho que fora iniciado por seu Antonio Pinto de Oliveira mais conhecido por Tata Fomutinho,
Pai Zezinho Era dos decendentes do Kwe Seja Hunde o nosso mais velho



aqui no Rio.
e mais um que deixara uma grande lacuna dentro do nosso culto!!!!!!!!

Culto aos Egunguns.

O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.

O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo".

A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito.
Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria .

Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.
Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.
Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espirito de seus mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos iniciados no culto aos Orixás.


Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nação Efon.

Efon(se pronuncia Éfan, que significa Osun) é uma nação do candomblé oriunda das terras de Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Oxalufon), no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta a rainha da nação no Brasil, ou seja, Osun, filha de Olookè, patriarca da nação, o Leão da Montanha, o o mesmo é Orisà da Montanha. Inicialmente veio pro brasil pelas mãos de dois Africanos Tio Firmo, conhecido como Baba Irufà, iniciado pra Osun e Adebolui, mais tarde chamada de Maria Violão (nome esse dado, devido às formas de seu corpo) posteriormente iniciada para o Orisà Olookè. a Nação foi Instalada no Engenho Velho de Brotas - Brotas - Salvador - BA. Muitos dizem que é uma nação quase extinta, o que na verdade é pura bobagem, pois enquanto existir Osun, Olookè e todos os Orisàs, Efon permanecerá vivo em Nossos Corações. A Injò Layò, Omo Ti Efon Farayò - Dance pra Felicidade, os Filhos de Efon Nascem pra Felicidade.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um pouco da história da chegada da nação Efon no Brasil

Efon é uma nação grande  e com grandes orixás. Na África a nação ainda existe, e lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Keto, a nação de Efon,  perdeu um pouco de sua raiz, que hoje tento resgatar.
De uma forma simples e resumida tentaremos contar a história da casa que é o berço dos Efon no Brasil, o "Asé Yangba Oloroke ti Efon" ou simplesmente como é chamado o Terreiro do Oloroke situado à Rua Antonio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no bairro do Engenho Velho de Brotas - Salvador - Bahia, para que quando alguém ouvir falar de nosso Asé, saibam quem somos e de onde viemos. Em primeiro lugar vamos à origem na África, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Osalufon) no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta aquela que é a rainha da nação no Brasil, Efon, ou seja, Osun. Pois é bom esclarecer que Osun, nossa matriarca, é nascida em Ekiti-Efon, onde ela era considerada a mãe de Logum Edé, Yemoja e do Awujale de Ijebu-Ere, no estado de Ekiti (Onadele Epega). Para concluir podemos traduzir o nome da divindade Efon dos tempos Lailai como sendo Osun, nome de seu rio e onde guardava seus tesouros, companheira inseparável de Oloroke que é seu pai, ficando assim esclarecido o porque da casa chamar-se terreiro do Oloroke e Osun ser a dona do Asé, sendo ele louvado juntamente com Osun nos nossos principais ritos.
Pois bem, foi desta localidade, que veio para o Brasil na condição de escravos por volta de 1850 o fundador da nação no Brasil, um Tio Africano , chamado José Firmino dos Santos, mais conhecido como,  Tio Firmo (Oxum Tadê) que veio da região de Ijesá que inclui Adô Ekiti, Ifon, Akurê, Ilesa, Ikirê, Ekiti Efon etc. Sua cidade natal seria Ilesá na antiga Ijesá onde foi iniciado para Oxum, e foi na cidade de Ifon que ele se iniciou em Ifá e recebeu o nome de Baba Erufá.

Maria Violão         Juntamente com ele, veio uma uma princesa do Ekiti-Efon , de nome Maria da Paixão(Adebolu), mais conhecida como Maria Violão, trouxe como orixá particular rei da nação, Olorokê (Aquele que é cultuado no alto). Como Adebolu, seu nome, significa A coroa que cobre a terra símbolo real por excelência.  
Por volta de 1860 Tio Firmo e Maria Bernarda fundam o Asé Oloroke  no engenho velho de Brotas, onde encontra-se até hoje, plantando ali o Asé de Osun e com isto além de fundar uma casa fundam também a Nação Efon. Mais tarde tio Firmo passa a viver maritalmente com Maria Bernarda da Paixão que era sua governanta e passam a dividir as funções do Asé.  
Acredita-se que nesta época ambos já eram libertos. Os Igbas ou assentamentos dos orixás foram trazidos da África e estão até a presente data preservados no Ile. La encontra-se a Osun de Tio Firmo e Oloke de Maria Bernarda entre outros.Apesar da libertação dos escravos, a perseguição a cultos Afros foi intensa e conta-se que Tio Firmo foi preso por várias vezes. A árvore do Iroko, um dos símbolos da casa, foi plantada após a libertação dos escravos, mas bem no final do século XIX, e a muda do Iroko veio da Casa de Osumare. 

Outra história interessante do Iroko do terreiro do Oloroke, é que onde ele foi plantado era caminho das pessoas, pois ainda não haviam muros nem cercas e foi debaixo do Iroko da casa, que a finada Mãe Runho da nação Jeje deu a luz a Nicinha Lokosi e esta informação pode ser confirmada por Nenê de Osagiyan neto carnal de Runho e por outros antigos ligados ao Bogun.
Tio firmo vindo a falecer por volta de 1905 , fica a frente do Ase., Maria da Paixão (Adebolu). Maria Violão iniciou várias pessoas entre os quais podemos citar Mãe Milu que foi a Ya kekere do Asé, Matilde de Jagun (Baba Oluwa) sua sucessora e terceira mãe da casa,Cristóvão Lopes dos Anjos (Ogun Anauegi) , Celina de Yemonja (esposa de Cristóvão), Paulo de Sango, filho carnal de Mãe Milu, Crispina de Ogun, a quinta pessoa a governar o Asé, e muitos outros.

No dia 4 de outubro de 1936 morre Maria Bernarda da Paixão aos 94 anos de idade.  Após muitas divergências assume a casa Matilde de Jagun, Baba Oluwa, que fez muitos iyawo entre os quais Noélia de Osun e Emiliana também de Osun. Tia Matilde tinha vontade que Waldemiro de Xangô (Obálokitiassi) feito na casa por Cristóvão Lopes dos Anjos (Ogun Anauegi) e que tomou 7 anos com ela assumise o Ase quando ela fosse. Mãe Matilde vem a falecer no dia 30 de outubro de 1970 aos 67 anos de idade.                  
Cristovão Lopes  
Após o falecimento de Matilde quem assume a casa é Cristóvão de Ogun que faleceu no dia 23 de setembro de 1985 aos 83 anos de idade. Após a morte de Cristóvão, a casa do Ase ficou fechada. Waldemiro de Xangô (Obálokitiassi) Baiano comprou a terra que fica o barracão, tentando assim levar à frente para que o Ase não acabe.
Baiano então reabre o Ase e senta na cadeira Mãe Crispina de Ogun. Após a morte de Mãe Crispina, a cadeira está a espera de uma nova Yalorisa ou Babalorisa até a data de hoje.
Eu também que sou feito desta nação com muito orgulho, estou resgatando tudo que estava se perdendo por causa da influência do Keto, para que a nação e o axé não se acabe.                           

OBS.: Acabar em termos, pois enquanto existir Oxum, Logun Edé, Olorokê, Olokê e outros orixás exclusivos desta nação ela não acabará.
 A nação de Efon é pequena no Brasil mas tem grandes orixás.
Cante com a gente

A INJÔ LAYÓ

OMÓ EFON FARAYÓ

( DANCE COM A FELICIDADE
OS FILHOS DE EFON SÃO INICIADOS PARA A FELICIDADE )

Pai Ney do Oxossi e Pai Nilton de Jagun

Festa do Orixa Ogum no Axé K-11.

 

Foi Uma Grande Festa Com Amigos, Filhos e Netos do Axé.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Primeiro Alabe de Jagun.

Primeiro Alabe de Jagun ( Ogã Zezinho de Oxoguiãn )

Luciana de Onira

Minha Primeira Oyá ( Luciana de Onira )

Festa de Exú Mirin

Foi realizada no dia 27.11.2010 a grande festa ao Exú Mirin do Babalorixá Nei do Oxossi com a casa super lotada exú Mirin com a sua simpatia conquistou a todos que la foram  presenciar a sua festa, PARABÉNS Pai Nei pelo oque o senhor vem fazendo pela nossa religião.

Odú Eje de Yá Sandra do Obaluayê.

Teve o prazer através do Babalorixá Nei do Oxossi de realizar o XXVII Odú Eje de sua filha Sandra de Obaluayê como entrega de Deká, sendo a parti de hoje Yalorixá Sandra do Obaluayê. Pai Nei no seu discurso homenageou a sua filha Sandra, Yá Sandra, com Lágrimas nos olhos agradeceu ao Pai Nei por ele existir. Pai Nei agradeceu a todos que compareceram em seu Axé K11.

PAI NEY D'OXOSSI

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ilê Axé Omo Ibilê: Jagun o Guerreiro Branco.

Ilê Axé Omo Ibilê: Jagun o Guerreiro Branco.: "Omolú. Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá ..."

Xirê Omolu / Obaluayê - ketu

Jagun o Guerreiro Branco.

Omolú. Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú. Antes dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu Okaran.

Os filhos de Jágun, tem aparência jovem, são autoritários, arrogantes, guerreiros, justiceiros, briguentos e agitados, fortes na adversidade, costumam fazer tudo à sua maneira, ouvem conselhos dos outros, mas costumam seguir sua própria vontade…São pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exigem asseio, limpeza; são pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; são dados a paixões violentas e passageiras, são curiosos, adoram viajar. Possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos. Possuem comportamento delicado, são honestas, dedicadas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar e defender os amigos. Quando são repudiados ou sofrem algum tipo de traíção podem se tornar extremamente vingativas e amargas. Apesar de serem guerreiras e obstinadas, as pessoas de Jágun, às vezes se isolam preferindo ambientes calmos e tranquilos. A personalidade dos filhos de Jágun é um misto de caracteristicas de Ogun, Omolú e Oxaguiã.